Esclerose Múltipla: Entenda a Doença, Sintomas e Avanços no Tratamento
Saúde: conheça a Esclerose Múltipla e como ela atua no organismo
SAÚDE E BEM-ESTAR
Newscwb.com.br
6/22/20253 min read
Curitiba, PR – Em um episódio esclarecedor do programa Conexão Viva Bem, apresentado por Flávia Alessandra, a modelo e apresentadora Carol Ribeiro abriu o jogo sobre sua jornada com a esclerose múltipla (EM). Ao lado do Dr. Marcos Alvarenga, renomado neurologista e chefe de neuroimunologia, o programa detalhou o que é a doença, como identificá-la e os avanços que permitem uma vida plena aos pacientes.
A esclerose múltipla é uma doença crônica, autoimune e inflamatória que atinge o sistema nervoso central. Conforme explicou o Dr. Alvarenga, o sistema imunológico, erroneamente, ataca a mielina – uma capa protetora dos neurônios – comprometendo a comunicação cerebral. É importante ressaltar que não se trata de um sistema imunológico fraco, mas sim de uma disfunção onde o corpo se confunde e ataca a si mesmo. O termo "múltipla" refere-se à imprevisibilidade da doença, que pode afetar diversas áreas do cérebro e da medula espinhal, causando sintomas variados. A EM afeta cerca de 40 mil pessoas no Brasil e quase 3 milhões globalmente, sendo mais comum em mulheres brancas.
A Experiência Pessoal de Carol Ribeiro
Carol Ribeiro compartilhou sua experiência, que serve de alerta sobre a diversidade de sintomas da EM. Antes do diagnóstico, ela enfrentou fadiga extrema, exaustão mental, ondas de calor (confundidas com menopausa), dores de cabeça, tonturas e problemas de visão, que se intensificavam no período menstrual. Sua busca por respostas a levou a diversos especialistas, até chegar a um neurologista.
Um episódio marcante em 2015, quando perdeu o movimento do braço esquerdo por quase um mês, foi retrospectivamente identificado como uma provável manifestação precoce da doença. O diagnóstico final, apesar do choque, trouxe alívio e um caminho para o tratamento e gerenciamento dos sintomas.
Diagnóstico: Um Quebra-Cabeça Clínico
O Dr. Marcos Alvarenga destacou que a EM é uma doença de difícil diagnóstico, frequentemente confundida com outras condições neurológicas. O processo é baseado em uma série de pistas clínicas, sendo a Ressonância Magnética (RM) do cérebro e da medula espinhal a ferramenta principal para identificar lesões. Em muitos casos, uma punção lombar (exame do líquor) é necessária para descartar infecções e confirmar o padrão imunológico da doença. Felizmente, os critérios diagnósticos evoluíram muito, tornando a identificação mais precisa.
Surtos: Entenda os Episódios da Doença
Os chamados "surtos" são as manifestações clínicas da esclerose múltipla, como dificuldades de visão ou dormência. O neurologista enfatiza que, para ser considerado um surto relacionado à EM, o sintoma deve persistir por pelo menos 24 horas. Caso sinta sintomas neurológicos que durem por mais de um dia, é crucial procurar um neurologista.
Tratamento e Qualidade de Vida com EM
O tratamento da esclerose múltipla é abrangente e foca em três pilares:
* Manejo dos surtos: Uso de corticosteroides para controlar episódios inflamatórios agudos.
* Tratamento preventivo: Medicamentos de alta potência que modulam o sistema imunológico para reduzir a frequência de novos ataques. Esses tratamentos, embora caros, são acessíveis via sistemas de saúde público e privado no Brasil.
* Tratamento sintomático: Abordagem de sintomas residuais como fadiga, dor, dormência ou problemas de bexiga, combinando medicação e reabilitação.
Graças aos avanços da medicina, o prognóstico para pacientes com EM melhorou drasticamente, permitindo que vivam vidas plenas e produtivas. Carol Ribeiro reforçou a importância do autocuidado, incluindo dieta equilibrada, exercícios físicos (especialmente fortalecimento e alongamento), meditação e até acupuntura, como complementos essenciais para o bem-estar. A formação de uma equipe multidisciplinar de profissionais de saúde é vital para um acompanhamento completo.
Fatores de Risco e Prevenção
Embora não haja uma forma definitiva de prevenir a EM, o controle de certos fatores de risco pode ser benéfico:
* Não fumar.
* Controle da obesidade, que pode estar ligada à inflamação.
* Níveis adequados de Vitamina D, já que a deficiência dessa vitamina tem correlação com a prevalência e progressão da EM.
* Histórico familiar de doenças autoimunes também pode aumentar o risco.
Quando Procurar um Neurologista
Dr. Alvarenga alerta que jovens adultos (entre 20 e 30 anos), que geralmente são saudáveis, e começam a apresentar sintomas neurológicos persistentes, devem buscar um neurologista. Os sinais de alerta incluem:
* Dormência persistente.
* Alterações na visão (como visão dupla).
* Fraqueza localizada nos membros.
* Disfunção da bexiga (incontinência ou retenção).
Lembre-se: qualquer sintoma que dure mais de 24 horas e seja inexplicável merece atenção médica. Ouvir o seu corpo e buscar informação de fontes confiáveis é o primeiro passo para o cuidado da saúde.
Fonte: Conteúdo adaptado do programa Conexão Viva Bem, que contou com a participação da modelo Carol Ribeiro e do neurologista Dr. Marcos Alvarenga, disponível no YouTube (referente ao vídeo: Https://youtu.be/Wy66_ NXjE0M?si=Kj4xxL-wlDHVZjA-).
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